Manaus dos meus contextos

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“Você não pode mudar o que as pessoas pensam sobre você. Agora, você pode controlar como vai deixar o que elas pensam sobre você ter efeito sobre você”. Essa frase me foi dita pela Dra. Ana, minha analista, há quase dez anos, numa sessão de análise numa época em que eu estava muito vulnerável às opiniões alheias.

Meia Manaus entojada com um texto de uma cara de fora que falou mal da cidade. As pessoas reproduzindo sua indignação em links no twitter e no Facebook. Não é a primeira vez, nem a última que isso acontece. Alguém vem aqui e senta o pau na cidade. A repercussão nas redes sociais é inevitável. Já vi esse filme.

A minha opinião sincera sobre isso: deixem o cara falar. É a opinião dele. Ninguém gosta que falem mal da sua cidade, claro. Mas quando vejo esses fariseus que vêm de cidades-modelos que lhes autorizam a falar das porcarias das cidades dos outros, só lembro do Michel Foucault que dizia que o sentido não estava na coisa em si, mas no comentário sobre a coisa. Ou seja, quanto mais comentamos esses tipo de texto, mas a gente ajuda a ideia a circular. É dar ibope para quem não merece. No mínimo, é falta de educação falar mal de uma terra que lhe acolheu por uns tempos. Educação não é bem universal, infelizmente.

Foucault e a Dra. Ana ajudaram a melhorar minha qualidade de vida. Hoje ignoro solenemente os maledicentes e os que batem por motivações que nem eles próprios têm consciência. Diz Manoel de Barros: “Tem mais presença em mim aquilo que me falta”. Manaus é uma merda? Em alguns aspectos, sim. Trânsito, serviços, grande parte da política e outras coisinhas mais. Mas é a nossa merda querida, ora. É minha bostinha do tacacá, do jaraqui e da murupi. Meu cocozinho da solidariedade, do calor humano da mana e do mano. É a Manaus das caboquinhas do peito roxo, da maçã do rosto protuberante e do sorriso aberto. A Manaus de Anibal Beça, Paulinho Kokay, Luiz Bacellar, Nicolas Jr, Tenório Telles e de milhares de outras pessoas que fazem dessa terra um lugar bonito de gente bonita. Deixo os problemas para os forasteiros ruminarem. Fico com as belezas que ainda são muitas. Definitivamente, na luta do Tarzan com o jacaré, eu sempre torço pelo Tarzan.

Assim, não me incomodo com o que Eugênios, Thomases e quem quer que seja que fale da minha caboquinha. Porque há sempre Antonios e Marias que falam bem da terra que os adotou. Continuo curtindo o cheiro da minha caboca, que anda mal tratada, é fato, mas que ainda leva em seu sangue o mesmo sangue que corre nas minhas veias. Sangue cor de açaí, que pulsa serelepe como os sauins, com um volume de aconchego do tamanho do Rio Negro que a banha, passando sua língua lânguida de banzeiro deliciosamente em suas areias.

Eu já decidi há tempos que não permitiria opiniões negativas a respeito de Manaus me ofenderem. Isso não elimina a crítica à cidade. E assim as compreendo, como crítica para pensá-la melhor, diferente, não como ofensa. Como diz a Dra. Ana: isso eu posso fazer. O que eu não posso mudar a opinião de alguém que a tem, seja uma opinião sincera e honesta ou motivada por uma TPM profissional. Sabe por quê? Porque é como diz o poeta: “Manaus é uma cidade diferente; ao invés de morarmos nela, é ela que mora na gente”. Mora meeeeermo. Vai uma costelinha de tambaqui aí, meu caboco?

70 comentários em “Manaus dos meus contextos

    Adheli Tavares disse:
    06/07/2011 às 11:58

    Mora meeeeermo. [2]
    Eu sempre achei o povo amazonense até bem receptivo e muito “faladeiro”. Bem diferente do que ele descreveu.

    Izabelle Moraes disse:
    06/07/2011 às 13:33

    Mora meeermo [3]

    Parabéns Professor! Excelente texto que eu concordo profundamente. E repito aqui uma palavras que disse quando li esse texto “lindo” do fariseu ruminante em TPM profissional.

    “Bom dia pra vc que trabalha a semana toda na esperança de no Domingo conseguir comer uma matrinxã ou tambaqui com farinha (ou até mesmo um churrasco básico) às margens de um igarapé com águas geladas e maravilhosascercadas pela natureza como só tem aqui. E volta na segunda-feira para mais uma semana de trabalho revigorado pelas energias da mãe-terra.[…]Dê esse Bom Dia aos amazonenses que vc conhece e que sentem orgulho de serem herdeiros do Povo Baré”

    E viva a nossa caboca!!!

    Marlice Cris disse:
    06/07/2011 às 13:49

    Sinceramente! A cada dia que passa, eu me torno ainda mais sua fã. Vc é incrível professor. Tenho muito orgulho da minha terra linda e tenh mais orgulho de ser uma caboquinha da cor de jambo rsrs. Suas palavras são maravilhosas.

    Níbia disse:
    06/07/2011 às 14:35

    Belíssimo o texto. Me emocionei com a parte em que você descreve a nossa caboca. Mesmo morando em outra cidade, ainda acho que Manaus é o melhor lugar do mundo, com o rio, o povo acolhedor e o calor (sim, o calor!!). E concordo com você, quando diz que quanto mais comentamos, mais damos ibope para esse tipo de texto pejorativo. Brilhante, simplesmente brilhante

    Denis disse:
    07/07/2011 às 13:05

    É por causa de gente como você que Manaus é ainda deixada em segundo plano. Texto ridículo e medíocre.

      Sérgio Freire respondido:
      07/07/2011 às 19:33

      Obrigado pelo comentário. Me fez refletir sobre minhas fragilidades estruturais. =)

        maria marinho disse:
        08/07/2011 às 11:18

        Fica valendo o conselho da Doutora Ana!

      Lua disse:
      07/07/2011 às 21:39

      As críticas mau ou boas devem unicamente servir para pensar, no entanto deixar de reconhecer os vantapontos positivos de um lugar é coisa de dente mediocre que não conseque enchergar além do que seus olhos podem ver. Amo essa cidade e reconheço que ela tem pessimos políticos, gente mau educada e preconceituosa, no entanto tanbém mulheres guerreiras que saem para trabalhar de madrugada e deixam seus filhos com a benção de Deus, assim como também tem homens honestos e trabalhadores. Generalizar é incorrer num erro e ter uma visão descompromissada com a realidade que é complexa e localizada, ou seja especifica.

        auri disse:
        08/07/2011 às 11:10

        Eu acho que o tal Denis não entendeu o contexto!!! Parabéns Sério Freire!!!

      Maria Yole de Oliveira disse:
      10/07/2012 às 10:12

      Garoto talvez você não tenha entendido,mas não faz mal muitos compreenderam.Manaus dos meus amores.

    Alexandre disse:
    07/07/2011 às 13:10

    Isso que eu chamo de critica! Ainda por cima das boas.

    Neto Cavalcante disse:
    07/07/2011 às 13:11

    Sérgio Freire é demais… Recomendo a leitura: “Manaus dos meus contextos”.

    Márcia Pantoja disse:
    07/07/2011 às 13:39

    Manaus diferente de tudo, mas com cara de Brasil! Eu amo ser Manauara. ♥

      Sérgio Freire respondido:
      07/07/2011 às 19:34

      Eu também, ó!

        Keilinha disse:
        08/07/2011 às 09:59

        Eu também…ó! Nossa cidade é tão ruim, mas não para de receber pessoas aqui, fascinante, né, maninho?

        Valdemir Paiva disse:
        14/01/2013 às 11:16

        Sérgio Freire,
        Durante alguns meses da década de 80 tive a honra de viver intensamente o comércio Manauara. As feiras do antigo hotel Amazonas, do prédio da receita federal e do bairro efervescente do educando’s eram meus corredores prediletos. Alí conhecí gente de caráter ímpar, comerciantes aos quais vendia minha mercadoria e que, no mesmo instante, tornavam-se amigos! Não é difícil para um cearense viver o que viví. Tantos se estabeleceram por lá! O Manauara é, sem dúvida, um povo forte e acolhedor que tem em sua essência, entre tantas qualidades, um jeito simples de ser GENTE. Hoje, pesquisando informações sobre a cidade, me deparei com palavras impetuosas e desrespeitosas sobre esta terra. Mesmo distante, parabenizo por seu excelente texto e sugiro aos xenófobos de plantão que repensem e descubram verdadeiramente o quão valioso é ser GENTE, SER MANAUARA E RESPEITAR ESSE BERÇO, PARENTE MAIS PRÓXIMO DA MÃE NATUREZA!

        Valdemir Paiva – Cearense/Publicitário
        Manauara de passagem!

    Fabio disse:
    07/07/2011 às 13:51

    Simplesmente perfeito. Não sou daqui, mas aqui estou e me sinto local. Os problemas estão em todos os lugares. Compete a cada um de nós, diariamente, valorizarmos as coisas ruins ou as coisas boas. Eu opto por valorizar as boas. Quanto às ruins, vamos trabalhar e fazer o mundo inteiro um lugar melhor para todos !!!!!

    Alves disse:
    07/07/2011 às 14:02

    Poético e belo texto!
    Parabéns, professor. Não é o comentário de um idiota frustrado, insignificante e sem cultura que irá tirar o brilho da tez morena e do olhar repuxado de nosso povo. Contra este, e tantos outros excrementos sociais q por aqui se aventuram sem entenderem nossas peculiaridades, cito Thiago de Mello: “Faz escuro, mas eu canto”.
    E tenho, sim, muito orgulho de ser amazonense, de corpo e alma!
    Sou meeerrrrrrmo!

    Vanessa Souza disse:
    07/07/2011 às 14:32

    vai mermo!!!!!!! Adorei o texto. Perfeito. Concordo com vc, a opinião dele, é apenas a opinião dele. Manaus é a nossa terra querida e deveríamos usar esse amor todo q as pessoas usam pra defender nesses momentos, pra unir forças por uma cidade melhor.

    Abraços,

    Vanessa Souza

    José Carlos da Silva Batista disse:
    07/07/2011 às 14:35

    Mais um motivo pra gostar de Manaus: Sérgio Freire. Fiquei ainda mais orgulhoso de ser amazonense e manauara.

    adriana disse:
    07/07/2011 às 14:47

    Então, não existe pq tanto tititi em cima de comentários de “intelectuais”, “superiores” frustrados … devem ter tido alguma frustração e ter pouqissíma coisa para fazer, afinal o que ganham difamando um povo todo? Vejo essas pessoas como pessoas dislumbradas, que querem ser o que não são (europeus) e tentam discarrregar suas frustrações em cima da gente aqui… Deixa ele falar, ele precisa descarregar a tensão.

    adriana disse:
    07/07/2011 às 15:16

    A propósito se quer guardei o nome da pessoa… De que estávamos falando mesmo?
    Professor parabéns pelo seu texto… Queria apenas dizer algo muito respeitosamente a pessoas que reproduzem esse comportamento dislumbrado desse tal jornalista: VIVA E DEIXE VIVER… : ]

    Fábio disse:
    07/07/2011 às 15:28

    Sérgio,

    O que esse cara quer é projeção mesmo.

    A atenção que o texto dele está recebendo agora o tira do quase anonimato e quase nulidade em que vivía.

    O afã de se tentar se sentir alguém na vida é que move gente assim.

    P.S. Achei bacana o “escritor de projeção nacional” nos créditos do texto dele.
    Talvez Thiago de Melo ou Márcio Souza devessem adotar um subtítulo desses em seus nomes.

    Renata Spener disse:
    07/07/2011 às 15:30

    Ah querido maninho, uma resposta que acalmou o meu espírito inquieto e ofendido! Obrigada.

    Daniele Santos disse:
    07/07/2011 às 15:31

    Perfeito! Ganhou uma fã!

    Pedro disse:
    07/07/2011 às 16:30

    Deveríamos todos ser “brutos inteligentes”, aqueles que ouvem, se enfurecem, e dão a voltar por cima. Não há de negar que Manaus está atrás de muitas outras metrópoles brasileiras. O grande problema, é que o povo aceita, os políticos nada fazem, e o poder público, aquele encarregado de fiscalizar, não tem visão de traçar o caminho certo. Se alguém aqui neste blog morou fora do Brasil, moro no Sul, e está morando em Manaus, falar que Manaus não precisa mudar é porque não tem respeito por se mesmo, pelos outros e pelo desenvolvimento da cidade!

    Resumindo, Manaus tem problemas que precisam ser solucionados. Nada melhor do que um bom observador, aquele sem nenhum viés, pra iluminar os pontos cegos.

    Luis Paulo disse:
    07/07/2011 às 16:40

    Quando se trata do campo pessoal, acredito que manter o autocontrole quando falam mal de você é uma coisa. Entretanto, quando o falar mal envolve preconceito e desprezo pelo povo manauara que pode futuramente redundar em prejuízos para a Cidade, a coisa sempre deve ser tratada de modo diferente! Deve ser sempre dada uma resposta a altura! Não por vingança ou mero apego ao sentimento de raiva, mas para garantir que depois eles não ganhem confiança e futuramente não venham nos massacrar.
    Como diz o ditado, “quem baixa muito a cabeça, acaba mostrando os fundos”.
    Veja o problema e o risco que Zona Franca corre hoje. Tudo começou com uma zombaria com os manauaras, ninguém disse nada. Depois veio um desdém, ninguém disse nada. Depois um decreto que nos alfineta, depois uma lei, e novamente niguem fez nada. E agora? O fim da Zona Franca? …….Como é mesmo que disse o ministro do desenvolvimento Fernando Pimentel? ” .. a Zona Franca de Manaus está perto do fim e o Amazonas precisa buscar outra vocação, de preferência voltada para a Ecologia”

    Isso me lembra o poema de Vladimir Maiakóvski

    “DESPERTAR É PRECISO

    Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma Flor do nosso jardim e não dizemos nada.
    Na segunda noite, Já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada.
    Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E porque não dissemos nada, Já não podemos dizer nada.”

    O manauara precisa ser menos carneirinho!

    De qualquer modo, obrigado professor!

      Sérgio Freire respondido:
      07/07/2011 às 19:32

      De nada. =)

        Emeson Vasque disse:
        08/07/2011 às 08:48

        De fato, existe um número de pessoas que daria pra contar nos dedos com seu valor etnico de ser amazônida, nasci aqui, já conheci outros lugares do nosso país. Assim como em outros lugares nossa cidade é especial e tem sua pontecialidade única, e fragilidade também, mas o que nos difere “deles” é o amor de sermos seres da floresta encantada e abençoada por Deus.

    Abner disse:
    07/07/2011 às 16:58

    Com certeza quem fala de uma cidade linda como Manaus ou é mal amado ou mal sucedido!!!
    Vão morrer e a cidade continuará a existir!

    Marius Bell - pintor /escultor disse:
    07/07/2011 às 18:58

    Gostei…demais…disse tudo!

    Mirkley Abecassis Abecassis disse:
    07/07/2011 às 19:01

    Verdade a opinião é unica e pessoal, opiniões equivalem a dimensão daquilo que quero ver e o que não me toca não me abala. Valeu!!!!!!!!

    Beto Pimenta disse:
    07/07/2011 às 19:48

    Mestre, não o conheço, mas lhe parabenizo pelo seu texto. Com certeza são nessas horas que ficamos cada vez mais apaixonados pelo cocozinho da solidariedade, do calor humano da mana e do mano, como o senhor descreve.

    Cristiane disse:
    07/07/2011 às 20:01

    Texto maravilhoso, fala tudo que um manauara ou melhor amazonense precisa ouvir, somos abençoados de todas as formas por fazermos parte dessa grandiosa região com essa riqueza cultural e termos pessoas como você que acalma o nosso coração e torna seus textos música para o nossos ouvidos

    Yany Mendes Siqueira disse:
    07/07/2011 às 22:12

    Nossa Mano!! Estou aqui emocionadinha com oq ue acabei de ler… pois estou morando no Rio de Janeiro ha 6 anos e falo sempre ao amigos.. “Não moro mais em Manaus, mais Minha terra de Manaós insiste em morar em mim” Mora meeeeeeermo!!!
    Um abraço da maninha.
    Yany Mendes Siqueira

    Vinícius Almeida disse:
    07/07/2011 às 22:42

    Simplesmente SENSACIONAL, vc eh uma das pessoas que faz nossa terra ser diferente. Parabéns.

    Henny Paula Souza disse:
    07/07/2011 às 23:38

    Muito bom seu moço!sou amazonense amo minha terra!adoro o calor escaldante,esse povo falante acolhedor com seu rico amazones.Não troco minha terra por lugar algum ja morei no sul do país ,ó claro belissimo ,mas o que posso eu se não sei viver onde não tenho calor humano,não tenho um delicioso tacacá ,um jaraqui pra me deliciar,pra quer querer outro lugar se aqui o meu caro eu posso tomar banho de igarapé,visitar o belissimo Teatro Amazonas da um pulinho logo ali em Presidente Figueiredo onde diga-se de passagem com belissimas cachoeiras.
    Prefiro meu Amazonas minha manaus querida onde não corro risco de bala perdida muito menos de tampas bueiros despencarem em minha cabeça,prefiro minha gente faceira de traços tão simples com sua tradição milenar .Somos simples somos guerreiros somos amazonidas!
    Apenas lamento quem não pode desfrutar e reconhecer a beleza
    deste magnifico lugar!
    Pobres seres de alma pequena não sei se por falta de contato com a natureza ,sei la quem sou eu para julgar?
    Apenas um simples e singela criatura que se rende todos os dias ao encanto majestoso da minha terra querida….manaus
    ass:henny paula souza

    Ronaldo Cavalcante disse:
    08/07/2011 às 00:27

    Sergio, voce disse tudo o que eu queria dizer sobre o assunto.
    Aliás, até esta celeuma acontecer ninguem sabia quem era esse pobre rapaz que se intitula de projeção nacional.
    Ele é o famoso quem?!?

    Ronaldo Cavalcante

    João Paulo disse:
    08/07/2011 às 00:34

    Gostei esse que é um texto de uma pessoa culta que sabe o que fala e não de um gerente de parquinho frustrado profissionalmente, muito bom realmente ta de parabéns. Seria bom que pessoas que se auto intitulam jornalistas tivessem o dom de usar as palavras e não cuspir asneiras.

    […] Manaus dos meus contextos (via Sergio Freire ) “Você não pode mudar o que as pessoas pensam sobre você. Agora, você pode controlar como vai deixar o que elas pensam sobre você ter efeito sobre você”. Essa frase me foi dita pela Dra. Ana, minha analista, há quase dez anos, numa sessão de análise numa época em que eu estava muito vulnerável às opiniões alheias. Meia Manaus entojada com um texto de uma cara de fora que falou mal da cidade. As pessoas reproduzindo sua indignação em links no twitter e no Facebook. Não é a primeira vez, nem a última que isso acontece. Alguém vem aqui e senta o pau na cidade. A repercussão nas redes sociais é inevitável. Já vi esse filme.… Continue Lendo via Sérgio Freire […]

    claudia disse:
    08/07/2011 às 05:42

    Profº adorei seu texto,estamos sim com mt raiva, eu fiquei mt estressada qd vi este comentario que este lixo d homem postou sobre minha casa sim pq manaus é minha casa e tds somos irmãos,ainda bem q ele ñ esta ms por aqui,eu ia tica-lo como um jaraqui e comer frito com farinha d’agua,rsrsrsrs um abraço a tds….

    José Sequeira disse:
    08/07/2011 às 06:27

    Teu texto é 10!!!!!!!!!!!! Como vc colocou, deixa esse abestalhado, recalcado, mal amado falar… Os cães ladram e a caravana passa.

    Marilia disse:
    08/07/2011 às 09:20

    de alma lavada…

    Junior Bill disse:
    08/07/2011 às 09:28

    Muito bom! Manaus apesar dos pesares é sempre muito querida! Viva nessa cidade e a deixe por um tempo. Saudades não faltam.

    nathane dovale disse:
    08/07/2011 às 09:37

    ÓTIMO texto, sérgio! essas descrições deram um ar fantástico ao assunto. Parabéns 🙂

    Cláudio Bandeira Filho disse:
    08/07/2011 às 10:10

    Manaus, minha terra querida, és muito amada, muito festejada; teu tambaqui é único, irresistível e apaixonante, quem sente o seu sabor se encanta; teu açaí, que já é uma febre nacional, nos fornece uma energia incontável, essencial para revigorarmos nossas forças após uma dia de labuta; tua biodiversidade, disputada por muitos que se intitulam grandes, é uma imensidão verde-azulada, uma riqueza incomparável, imensurável; teu teatro nos enche de prazer de dizermos em voz alta, para todos ouvirem, que temos orgulho de ser dessa terra tupiniquim.
    Não deixe um alienígena que desconhece tuas belezas, tuas riquezas e teus valores, te intimidar, te menosprezar. Talvez seja pura inveja, talvez seja porque a terra, daonde aquele cara vem, não conseguiu ter o gosto de ser umas das sedes do maior evento da história brasileira, a COPA DO MUNDO DE 2014, e que por sinal, nossa ilustre Manaus, com a sua Arena Amazônia, vai, mais uma vez, nos abrilhantar, nos representar daquele jeito que só ela sabe. TE AMO MINHA TERRA QUERIDA, OBRIGADO POR EXISTIR EM NOSSAS VIDAS.

    João Victor disse:
    08/07/2011 às 10:59

    Como líder político que sempre fui, aprendi desde cedo que uma das premissas básicas de um homem de sucesso é a desnecessidade de auto-proclamação. Um homem de sucesso possui reconhecimento dos outros, na medida em que isto é um instrumento de alteridade, do outro, e não de si próprio.
    O Sr. Eugênio é um homem de textos pobres, com vários conceitos equivocados – principalmente os jurídicos, que bem conheço, por estarem no âmbito da minha área de atuação -, que se avehtura a escrever textos sobre o que desconhece, utilizando-se de linguagem e estrutura gramatical desprezíveis para alguém que se intitula formador de opinião ou profissional bem sucedido da comunicação social.
    Exige respeito, critica o preconceito, quando na verdade é um grande desrespeitador e preconceituoso diante da cultura alheia. Diz que não podemos julgar para não sermos julgados, e o que foi o seu texto se não um julgamento de nossa terra e nosso povo? Contradiz-se ainda mais falando que estamos no país da Democracia, mas mostra-se intolerante às diferenças, acreditando ser superior pelo simples fato de ser advindo do Sudeste, como se essa tendência quase nazista desfizesse a pobreza de espírito contida em suas palavras.
    Afirma-se belo. Ora, sinto informar, o caro autor não é belo nem para os padrões nortistas, onde nascem nossas morenas encorpadas de beiços largos, tampouco seria para a região que você tanto envaidece, que traz a herança dos brancos europeus. Num mundo preconceituoso fascista como o que você sonha existir um dia, você seria um dos primeiros a ir ao fuzilamento.
    São palavras de um jovem de 25 anos, professor universitário e servidor público, com duas especializações, aprovações em mais de 10 concursos públicos em todos os níveis, que fala três línguas além do idioma nativo, e que também carrega muitos outros títulos, mas o principal é: SER MANAUARA COM ORGULHO!

    Louzamira disse:
    08/07/2011 às 11:37

    Professor, o senhor escreve muito bem! Parabéns!!
    Abraços

    Ingrid Godinho disse:
    08/07/2011 às 12:51

    Sérgio, é a primeira vez que leio textos de sua autoria e me pergunto o porquê da demora em conhecê-los. E é claro que adorei.
    Eu fui uma das pessoas que respondeu ao texto pejorativo referente a nossa cidade. Mas em nenhum momento me igualei ao ” jornalista de renome”, visto que ele usa linguagens depreciativas, xulas, termos preconceituosos, entre outros.
    Mandei um email para ele e a resposta dele foi pior do que eu imaginava, porém cheguei a conclusão que não devo “continuar” com esse, digamos, debate, até porque, mesmo eu que não sou jornalista e, sim, uma estudande do curso de Direito, sei que ele não teve preparo nenhum e escreveu o texto ” na doida”, sem ter argumentos convicentes, usou de sua raiva para menosprezar e nos diminuir. Confesso que me arrependi de um certo modo, mas por outro lado, sendo manauara e tendo orgulho disso, precisava demonstrar minha indignação, não poderia ficar de mãos cruzadas podendo fazer algo, mesmo que fosse algo “pequeno”. De qualquer forma, excelente texto!

    Cristiane Bentes disse:
    08/07/2011 às 15:10

    Brilhante!!!

    jorge atlas disse:
    08/07/2011 às 15:15

    Valioso texto! Significativo e vibrante, simples e direto! Sou amazonense, sou manaura, sou caboquinho, sou daqui e amo a cidade e quem se digna viver e desenvolver a plaga baré! Não será um recalcado, que acha títulos são mais importantes! Importante é o calor humano, é a dignidade de homens e mulheres que trabalham, labutam por esta cidade com suas diferenças! Amo a cidade!

    LInda_Bella disse:
    08/07/2011 às 16:53

    texto magnifico, tambem concordo em nao da mas ibope a essa pessoa… os amazonenses sao pessoas calorosas e felizes… essa pessoa que escreveu essse texto mal dizendo de nossa cidade é apenas um ser que pra ser reconhecido precisa publicar esse tipo de texto… ele so quer causar hehehehehe!!!! sou mais nossos caboclos, aqui tem o calor a alegria e lugares lindos que podemos conhecer e interagir diretamente com a natureza… aqui ha o amor das pessoas com o proximo…. adoro viver em manaus é aqui que tem toda a riqueza do planeta…

    Josany disse:
    08/07/2011 às 17:06

    Você, professor, como sempre lindo em seus pensamentos. Obrigada por transmitir sentimentos bonitos em palavras. Parabéns! 🙂

    Carlos Adonai Vásquez disse:
    08/07/2011 às 17:58

    Numa daquelas quentes tardes manauaras tomando a minha geladíssima Cerpa na companhia de Aníbal, aquele amigo bom à beça, dele ouvi: “… sabe o quê aquele fdp do Waldemar Fonseca escreveu no Diário? Que eu sou poeta só dos intelectuais. Esse fdm não sabe nada de poesia, melhor faria se ficasse calado e volltasse pra casa dele antes que um poeta ‘se dane’ a morder ‘a leseira’ da Filomena. Que não caiba a mim esse infortúnio, porque nem de mulher esse fdp entende.”

    Rimos muito.

    Lembrando do Santana (eu-Gênio é forçar demais) e seu texto, comecei a “rir à Beça”.

    Renata Braga disse:
    08/07/2011 às 18:39

    É inaceitável que um brasileiro ataque de modo tão abjeto outros que são tão brasileiros quanto o próprio.Professor Sérgio em sua escrita usou de modo muito lúcido três qualidades que são tão próprias do amazonense: a perspicácia, a inteligência e, sobretudo , AUTO- ESTIMA.Couldn´t agree more. Viva o povo amazonense!!! Lindo texto,professor, lindo texto.

    deiaroy disse:
    08/07/2011 às 21:46

    Gosto da Manaus e vou sentir muitas saudades de tudo que vi, experimentei, refleti e das atitudes que me fizeram a pessoa que sou. Volto para minha terra natal que é o Rio, mas com um imenso orgulho de ter vivido aqui.
    Prof. Sérgio carrego a mais profunda admiração por vc e pelo seu trabalho.

    Deivy Paulino Alves Paulino disse:
    09/07/2011 às 10:25

    BOA PROFESSOR,SUAS PALAVRAS SOARAM COMO DOCE MUSICA AOS MEUS OUVIDOS,DIFERENTEMENTE DAS PALAVRAS DESSE PROFISSIONAL FRUSTRADO QUE NÃO TEM NADA EM MENTE

    Heloisa Reis disse:
    09/07/2011 às 18:33

    Minha neta esteve aqui, veio do sul (como diz o fariseu ruminante em TPM profissional “bem nascida”) . Brincou na terra, comeu muito peixe com farinha e voltou para terra “civilizada” há bem pouco tempo atrás. No alto dos seus 2 aninhos, numa tarde fria de inverno, falou pro pai… “Pai… vamos voltar pra Manaus… lá é tão bom,,, tão quentinha”…Tem muitas coisas que não tenho orgulho nenhum de minha terra… mas como diz Letícia aqui é muito bom e é muito quentinho. Parabéns pelo seu texto… não vamos dar ibope para mediocre.

    Consuelo disse:
    09/07/2011 às 21:52

    Belissímo Texto..

    Minha Manaus querida, terra das lindas amazonas guerreiras, de ajuricaba, das lendas e tradições do povo da floresta, como diz minha irmã, que é escritora da terra, “O Amazonas não é o fim do mundo como a maoiria pensa, mas sim o começo.”

    Parabéns Prof. que suas palavras nos influencie cada vez mais a sermos os defesores da nossa terra, mas com inteligencia e simplicidade.

    Abçs mil..

    Wilsa Freire disse:
    10/07/2011 às 13:46

    Adorei o texto, Sérgio. Foi direto ao ponto. Parabéns e grande abraço.

    Rubenil Rosa Almeida disse:
    11/07/2011 às 09:38

    Depois dessa, o fariseu ruminante eu – gênio virou eu-nada!!!

    José Carlos Gesta de Souza disse:
    11/07/2011 às 21:01

    De olhos marejados e de alma lavada,obrigado, Sérgio Freire,você descreveu Manaus, a MINHA QUERIDA CIDADE.

    Cyane disse:
    13/07/2011 às 23:06

    Clap!Clap!Clap!Clap!

    Muito…Muito bom!!!!! E, parafraseando Lobão,” idiotoce é sentir-se ofendido”.

    Keila Vale disse:
    10/07/2012 às 10:29

    Como sempre impecável e simples. Amo seus textos .Parabéns !

    Manaus City disse:
    22/07/2012 às 20:54

    Manaus bonita de nascença. O que faz Manaus crescer é uma combinação de beleza de cidade e de industriais internacionais na ZFM.

    Waldenyr Barbosa Gomes disse:
    02/08/2012 às 14:44

    Manaus, é minha cidade bonita, berço da minha infância, salão de festa da minha vida, sinto um revigorar, quando lembro da minha infância em Manaus. Não há, nem pode haver maior prazer que ter nascido em Manaus. Eu sou manauense, tenho orgulho de dizer: Manaus, muy querida cidade. Viva Manaus. Eternamente Manaus

    jocimar souza disse:
    16/12/2012 às 16:57

    Boa tarde moro em Salvador mas sou Manauense parabéns Sergio Freire pelo comentario
    cheguei na bahia em 1980 mas nâo voltei a Manaus ainda breve volto ai

    Jair Castro disse:
    31/01/2013 às 17:57

    sou paraense de Belém, morei em manaus de 1982 a 1988(12 a 18 anos), adoro esta cidade, onde vivi os anos mais inesquecíveis da minha vida, o povo manauara, é realmente muito bom, mas também tem pessoas ruins como aqui na minha cidade, pessoas que abrem a boca pra falar qualquer coisa e até mesmo com intenção de ofender, isso é universal. não vale rotular uma comunidade pelas pessoas ruins, eu mesmo já fui vítima de pessoas ruins em manaus, mas nem por isso deixei de gostar dos outros que me acolheram, adoro esta cidade, o texto sobre manaus é realmente muito bom, mas não gostei da discriminação sobre pessoas de outras cidades, essas pessoas ajudaram a fazer de manaus o que ela é hoje, tenham respeito pelas pessoas acima de tudo, nada vai tirar o brilho de manaus.
    um abraço a todos.

    Edersom gomes disse:
    31/07/2013 às 05:45

    manaus e tudo de bom

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