Que acabe o que terminou…
“Relacionamentos terminam. É preciso também que acabem. É doloroso aceitar que alguém que fez parte total de nossos planos, de nossos sonhos, de nossa cama se foi. No entanto, sem deixar ir, nós é que não vamos a lugar nenhum. Não faz bem permanecer onde não pertencemos mais. O tempo passa e o lugar já não é mais o mesmo, as cores das paredes mudam, os cheiros dos espaços se transformam. Outros terão prioridades para sentar no sofá que era nosso, para beber o cafezinho na cozinha em que nós um dia tomamos o café da manhã seguinte à noite boa, da qual não somos mais protagonistas. Ser coadjuvante da história afetiva alheia é muito pouco para quem quer ser feliz. Mas só há protagonismo amoroso quando permitimos que os relacionamentos que terminam acabem e sigam o seu rumo. Seus mapas e roteiros não devem mais nos interessar. Precisamos desenhar os nossos mapas e roteiros, com nossa bússola, para navegar com a nossa nau no nosso rio, com nosso novo marujo, que está a nos esperar com a mão estendida na ponte de acesso.” SF
16/05/2012 às 12:48
Gostei muito da abordagem sobre os relacionamentos que terminam.Muito boa.