O mapa do amor
“‘Como é possível se apaixonar por alguém que você nunca viu?’, ela se perguntou intrigada. E apaixonada. É que nós construímos na vida um mapa do amor que guia nossos caminhos. O jeito como meu pai sorria para mim, a maneira como minha mãe tratava os estranhos, o carinho de meu irmão com os animais, a forma como aquela professora tratava os alunos… tudo aquilo que sempre nos encantou é absorvido nesse mapa e ajuda em nossas escolhas. Quando a gente encontra alguém com algumas dessas características armazenadas inconscientemente, a luz acende: é essa pessoa! Mas ela nunca o viu! Isso a deixava inquieta… Sim, se antes era preciso encontrar fisicamente para ligar o plug, hoje o plug acende com um interruptor digital: as redes sociais. A flecha do cupido vem pelo fio do mouse. Ela sabia que não era nada virtual. Era real mesmo: as sensações, a ansiedade para ver de novo, o frio na barriga, o contato, o emoticon sorrindo e piscando. Cada post, um susto. Cada foto, um sorriso. Cada curtir, um beijo. Ela estava mesmo apaixonada…” SF
06/06/2012 às 14:46
Gostei disso Sérgio. Muito interessante parabéns 🙂